segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Conversa com o poeta

"... Ora acertando com o que quero dizer, ora errando,
Caindo aqui, levantando-me acolá,
Mas indo sempre no meu caminho como um cego teimoso
."
Ainda assim, sou alguém.
Sou o Descobridor da Natureza.
Sou o Argonauta das sensações verdadeiras.
Trago ao Universo um novo Universo
Porque trago ao Universo ele-próprio"

(Fernando Pessoa/ Alberto Caeiro- 
Trecho do Guardador de Rebanhos)

 , colocar um ponto final no imponderável e, como diria um poeta amigo meu, ”repetir a vida"
Ou
Despir equívocos compulsoriamente herdados
Viver os próprios (inevitáveis)
E construir aprendizados
Ou
Dizer sim aos seus quereres
Dizer não àquilo que não quer,
Experimentar, experimentar-se

Ser ( gostar de sê-lo)
Exercer-se, plena e conscientemente 


E acatar o processo, 
A dor de crescer
E ter que delegar a si mesmo
Acertos e desacertos,
Permitir ou não permitir,
A coragem de viver verdades / a real expectativa,
O desafio de preservar o sonho na real personagem

Perdoar, perdoar-se
E caminhar em paz e segurança ao seu destino

E no despojamento
Na simplicidade da intenção e do gesto,
Na busca e valorização do bem conquistado
A cada noite sonhado
A cada dia ofertado
Orgulhar-se da missão
E
Re_descobrir o seu Deus interno
Re_conhecer o amor pleno,
Amar,
Amar-se
E não se sentir mais só...

Assim penso e, tal como Pessoa, "se o penso sem esforço é porque deve estar bem" 
Lou Magalhães


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Um comentário:

Marcelo Pirajá Sguassábia disse...

Colega copywriter, muito bom! Abraços.