segunda-feira, 19 de outubro de 2009
Rio de Janeiro, Cidade Sitiada
Dois jovens assaltantaram e mataram um cidadão no último domingo, no Centro do Rio, para roubar-lhe a jaqueta e o tênis.
Paradoxalmente, a vítima era um educador social que trabalhava em favor da cidadania para as populações marginalizadas.
Quantos mais inocentes precisarão morrer para que, ao invés dos factóides, tipo Choques de Ordem midiáticos, tenhamos ações sistemáticas de combate ao tráfico, conscientemente planejadas, de forma a minimizar efeitos perversos, como os jovens desempregados do tráfico, que hoje espalham terror nesta cidade?
Como não prever que essas pessoas de sonhos natimortos, com visão tão estreita de oportunidades, viriam para o asfalto recuperar o prejuízo e matar por um tênis ou quaisquer outros acessórios que os redesenhem à imagem e semelhança dos cidadãos "de respeito".
Sua auto-estima, esvaziada pela ausência absoluta de políticas públicas que lhes garantam educação, moradia, trabalho, dignidade, precisa das grifes para existir minimamente. Afinal, estão plugados na cyber rede, têm "netcats" explorados pelas milícias nas suas comunidades, portanto sabem o que é "in" e o que é "out" entre os bacanas.
Quem nada tem, não tem nada a perder, matar ou morrer, tanto faz...
Hoje não dá para "blogar" com poesia, a realidade me roubou o espaço das amenidades.
© Direitos Reservados
domingo, 18 de outubro de 2009
Tempo, tempo tempo...
Eu queria todo o tempo desta vida
para semear campos
gerar frutos,
transformar espaços,
através dos traços,
dos abraços
e dos afagos no papel
Eu queria todo o tempo desta vida
para colher cores,
reinventar tons,
perseguir contornos,
penetrar minhas raízes
e me descobrir
Eu queria todo o tempo desta vida
para encontrar todas as palavras,
dominar todas as formas
e conquistar infinitas possibilidades
Eu queria todo o tempo desta vida
para expressar o meu amor e desamor
minha esperança e deseperança,
minha paixão e compaixão,
meu desassossego
e até o meu sossego...
© Direitos Reservados
para semear campos
gerar frutos,
transformar espaços,
através dos traços,
dos abraços
e dos afagos no papel
Eu queria todo o tempo desta vida
para colher cores,
reinventar tons,
perseguir contornos,
penetrar minhas raízes
e me descobrir
Eu queria todo o tempo desta vida
para encontrar todas as palavras,
dominar todas as formas
e conquistar infinitas possibilidades
Eu queria todo o tempo desta vida
para expressar o meu amor e desamor
minha esperança e deseperança,
minha paixão e compaixão,
meu desassossego
e até o meu sossego...
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